Nossa sociedade compreende com facilidade apenas dois gêneros: homem e mulher. Dentro dessa estrutura - chamada binária por trabalhar com dois opostos - existem atitudes e comportamentos associados a cada um destes gêneros. ⠀ Em bom português: desde crianças somos ensinados que existem "coisas de homem" e "coisas de mulher" e isso é um reflexo da estrutura machista e patriarcal na qual nossa sociedade está baseada. Um exemplo para ilustrar: jogar bola é "vendido" como coisa de menino, mas a atividade em si pode ser praticada por qualquer pessoa, independente de gênero, pedindo apenas habilidade para ser realizada. Isso vale para muitas outras atividades, vestimentas e escolhas. Se formos analisar a ação em si ou a peça de roupa, provavelmente perceberemos que qualquer ser humano é CAPAZ de realizar certa atividade ou usar determinado objeto. ⠀ O que restringe seu uso e escolha são justamente os estereótipos associados àquilo. Usar saia, por si só, não passa de escolher uma peça de roupa para se vestir - já que socialmente também não se pode sair sem roupas na rua. Entretanto, é uma peça que em nosso contexto é destinada ao uso por mulheres. Em outras sociedades, sabemos que não é assim e, mais recentemente, alguns homens passaram também a aderir ao uso e questionar essa restrição. Assim como as mulheres quando começaram a usar calças, o que não faz não tanto tempo assim. ⠀ É importante entender que, para além da ação pura e simples, existem valores simbólicos ligados a tudo o que escolhemos e a como nos posicionamos em comunidade. Questionar padrões pré-estabelecidos, que por muito tempo foram apenas acatados, também faz parte da discussão da sexualidade e da revisão dos papéis de gênero em busca de um mundo mais igualitário e aberto para aceitar e respeitar a humanidade em toda sua diversidade. ⠀
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